(Tentando crescer na profissão, então, Estagiando em Comunicação Social)
Renato Luz Silva, aluno de graduação do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, tenta uma vaga em um dos veículos do “O Globo”. No momento, espera pela aprovação na 3ª fase da seleção.
O jovem de 20 anos nasceu em Livramento no interior da Bahia e agora tenta alçar vôo em direção a uma das maiores cidades do país: Rio de Janeiro. Tomou conhecimento da vaga de estágio pelo site “Boa Chance”, no qual se cadastrou há um ano.
“Eu acho que nós, estudantes de jornalismo, devemos estar bem informados, e eu sempre busco cadastrar meu currículo em algumas instituições. Foi através disso que consegui meu estágio aqui hoje (em Cachoeira)”. Renato recebeu no início de outubro um e-mail de confirmação na seleção. Em todo o Brasil, foram selecionados 1000 currículos para as editorias de Política, Economia e Esporte. “No e-mail dizia que meu currículo se enquadrava no perfil que eles procuravam, ou seja, do jovem da chamada ‘Geração Y’, que são aqueles antenados, ligados em internet e bem informados”, diz Renato.
A primeira fase da seleção estava ultrapassada. A subsequente consistia numa prova online, com questões de Português, Inglês, Atualidades e Raciocínio Lógico. Há um tempo determinado para as respostas das questões e conclusão da prova, o que evita que o candidato consulte qualquer site de pesquisa. Renato foi um dos 80 selecionados dentro da sua área, que era a Redação do jornal.
Em novembro, o jovem fez a prova presencial, terceira fase da seleção, na sede do jornal “O Globo” no Rio de Janeiro. Tratava-se de 45 questões divididas em 4 seções e uma redação de 30 linhas. Foram propostos dois temas e Renato optou, por afinidade, o “8 anos do Governo Lula”, devendo analisar o governo sob as perspectivas: saúde, economia, política, práticas assistencialistas, entre outros.
Renato foi o único baiano em sua área, composta majoritariamente por cariocas. Fala que se mostrou surpreso desde o primeiro chamado, e diz: “A experiência foi única, e mesmo se eu não passar, essa é minha maior vitória”. Teve a oportunidade de conhecer a redação do jornal, assistir uma palestra da diretora executiva do jornal, Luciana Barros e, além disso, visitar a Marquês de Sapucaí, a passarela do samba tão citada no carnaval.
Renato consultou seus professores desde o primeiro momento, sempre pedindo orientações. Foi apoiado por todos, devido a importância do jornal, que faz parte de um dos maiores grupos da América Latina. “Recebi incentivo de todos, mas, a frase que mais me marcou foi a do professor Sérgio Mattos, que me disse: ‘Não deixe que o cavalo passe sem tentar ao menos montá-lo’, e foi o que eu fiz”, diz Renato.
O estudante se diz privilegiado em compor a “Geração Y” e acredita que os alunos da UFRB estão capacitados para fazer qualquer concurso, mas salienta a necessidade da universidade em investir em seminários e mesas-redonda, nas quais se discutam temas atuais, pois se não fosse sua procura individual em se atualizar, ficaria aquém dos seus concorrentes. “É preciso investir também numa matéria de Jornalismo Econômico”, completa.
Quando o assunto é a aprovação na 3ª fase, Renato se diz discrente devido ao mau desempenho nas questões de inglês avançado, já que só possui o básico, e completa: “A seleção é muito rigorosa, e uma questão errada pode te eliminar”. Porém, se for aprovado, disputará a 4ª fase, também presencial, que consiste numa dinâmica de grupo.
Se for aprovado, Renato Luz tentará a transferência para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Tudo dependerá do bom diálogo entre as universidades”, diz.